segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mensagem postada no site do Sindjustiça/RJ em 30/11/2009


Estou gostando de ver as pessoas cobrando transparência financeira na administração do sindicato. Um sindicato transparente, ético e pela base é o que queremos construir. Não basta cobrar de autoridades e dos “donos do Poder” o comportamento ético que, como sabemos, muitos deles não têm e não terão. É preciso que a atuação dos dirigentes dos movimentos sociais não reproduza os modelos burocratas, demagógicos, desprovidos de ética e, conseqüentemente, apartados dos interesses da base que representa.

Entretanto, sabemos que paralelas a estas justas cobranças precisamos conversar com nossos companheiros acerca da INÉRCIA injustificável que promove a fixação dos nossos corpos nas cadeiras dos cartórios das diversas comarcas. NÃO PODEMOS SUBSTITUIR UMA LUTA PELA OUTRA. As cobranças acerca da lisura na administração do sindicato são ferramentas indispensáveis para sinalizar que há uma categoria atenta aos atos da Diretoria, mas é necessário construirmos os movimentos, assembléias representativas, CRZ’s, manifestações com ou sem nariz de palhaço ou apito (é preciso comparecer às assembléias para decidir como serão os atos e a própria dinâmica da mesma). A oposição deve ser a diretoria e não ao movimento. Hoje temos que construir uma categoria UNIDA em relação aos atos da Administração do TJ/RJ, tendo em vista nossa situação funcional atual, participando das assembléias e, sobretudo acatando as suas deliberações.


Em Nova Iguaçu, tentamos construir, apesar das imensas dificuldades, as atividades referentes à meta 2 e às remoções, fizemos um bolo e nos reunimos com os companheiros no hall dos elevadores. Além de Orlando, Pedro, Ana Lúcia, Marcos, Diogo (valorosos companheiros da Comarca, em particular Orlando e Pedro companheiros imprescindíveis que durante muito tempo organizaram a Comarca de Nova Iguaçu) recebemos o reforço de Alexandre Bollmann que removido de Queimados ajudou na organização do evento, inclusive visitando cartórios. Alexandre expõe com regularidade suas divergências com a condução do sindicato pela atual diretoria, mas não só isso, participou da organização e da mobilização da categoria em Nova Iguaçu para o ato referido. Ressalte-se, que nossas divergências não acabaram, tampouco criaram obstáculos para mobilização da categoria, sendo certo que a principal delas ocorreu em relação à aliança do grupo do qual o companheiro faz parte com a CUT durante o processo eleitoral.

Apesar das divergências estamos juntos mobilizando a categoria para manifestarmos nossa indignação no que diz respeito às condições a que estamos submetidos nos nossos locais de trabalho. A MAIOR DIVERGÊNCIA QUE TENHO NÃO É COM COMPANHEIROS DA CATEGORIA, MAS SIM COM AS PESSOAS QUE GARANTEM O ASSÉDIO MORAL, AS REMOÇÕES ARBITRÁRIAS, O DESVIO DE FUNÇÃO, O ACHATAMENTO SALARIAL E A DESTRUIÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO.Assim, espero que a militância combativa do companheiro Alexandre Bollmann não esteja sendo uma atitude isolada, mas esteja sendo copiada pelos seus pares na construção de uma mobilização mais intensa da categoria nas comarcas, eis que a militância virtual e real se complementam e não se repelem.
Finalmente, conforme decidido pela assembléia, espero encontrar todos dia 9 de dezembro de 2009 no Fórum Central, a partir das 10 horas, no dia da INJUSTIÇA.Um grande abraço e até lá.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mensagem "Recordar é viver" postada no fala servidor do Sindjustiça/RJ em 05/11/2009.

Faz exatamente um ano hoje que nossa categoria deu exemplo de organização e luta. Estávamos em greve e havia votação na ALERJ sobre nosso reajuste, que salvo engano foi adiada, pois naquele momento era estratégico ganharmos mais tempo.
O resultado todos sabem, mas quanto a mobilização e organização ficaram algumas boas lições:O comandão de greve reuniu quase 300 pessoas que coletivamente construiram as seguintes ações:
1) mutirão aos gabinetes dos deputados estaduais para cobrar uma postura mais afinada com os interesses dos trabalhadores;
2) corredor polonês nos fundos da ALERJ, pressionando os deputados;
3) ocupação das galerias da ALERJ em vários colegas permaneceram por poucas horas sem sair, a fim de criar um fato político.
Pela primeira vez, salvo engano, nosso ato, naquela greve, foi noticiado no RJ/TV.Todas as ações planejadas COLETIVAMENTE foram corretamente implementadas.É um bom exemplo para a construção coletiva do ato do dia 12/11/2009.
Um grande abaraço a todos.

Mensagem postada no Fala Servidor do Sinjustiça/RJ em 05/11/2009

Colegas serventuários(as),


Início a minha reflexão lamentando o falecimento prematuro do companheiro LAWRENCE, certamente sentiremos falta do seu espírito combativo nas futuras atividades.

Não tecerei comentários sobre a nossa situação, eis que vejo avaliações muito boas no que tange nossas mazelas, o problema está na adoção de estratégias para modificação deste quadro.

É necessário que busquemos dar respostas às várias situações que nos envolvem e que a luta pela transparência na gestão sindical não SUBSTITUI a luta com a administração do TJ/RJ, tampouco as falhas na gestão do sindicato podem servir de desculpa para não participarmos das manifestações. NÃO PODEMOS ESPERAR DOIS ANOS PARA IRMOS À LUTA. NÃO PODEMOS FICAR PARADOS ESPERANDO A ELEIÇÃO DA “DIREÇÃO IDEAL”. É exatamente quando a situação não é boa que a nossa militância se torna necessária e urgente. É no momento que não temos confiança na política a ser implementada que devemos fomentar a participação da base nas deliberações. É no instante que percebemos que as decisões tomadas podem estar em descompasso com os anseios da categoria é que a mesma deve assumir a direção do movimento. Direção e diretoria são coisas distintas e independentes e reconhecer tal situação é o primeiro passo para avançarmos na organização da base e não ficarmos inertes na esperança que na próxima eleição tudo mude.

Desta forma, precisamos consolidar uma unidade da categoria, refletindo sobre o que fazer, tendo em vista o cenário que se apresenta. A unidade da categoria é fundamental para que possamos construir estratégias de atuação, a fim de frear o crescente processo de desvalorização dos serventuários da justiça estadual, apesar de levarmos nas costas o judiciário fluminense cotidianamente. Meta 2? O TJ/RJ já julgou quase o triplo de processos (526.021 processos) que toda a Justiça Federal Comum (180.136 processos), segundo dados do CNJ de 05/11/2009. O triplo de trabalho, menos da metade do salário para nossa categoria, que cá entre nós é quem está garantido que os números acima se materializem.

É claro, todavia, que a unidade da categoria não deve ser entendida como a homogeneização de idéias. A unidade deve ser entendida como espécie de confraternização das divergências, eis que precisamos entender que a maior discordância que temos é com o poder.

Também deve ficar claro, que a unidade na luta não significa complacência com a falta de transparência e burocratização na gestão sindical, tampouco com a ausência de trabalho de base organizativo. A unidade na luta não significa aquiescência com a ausência de transparência financeira nem poderá respaldar o descumprimento de prazos estatutários. A unidade na luta não servirá de desculpa para o descumprimento das deliberações das várias instâncias do sindicato.

Assim devemos:

1) construir a unidade na base e da base para os enfretamentos que teremos pela frente, a fim de conquistarmos uma situação funcional mais digna e proporcional as nossas responsabilidades. Nesse caso, é fundamental fomentarmos a participação da categoria nas várias manifestações e nas diversas instâncias do sindicato, sobretudo com a utilização das licenças sindicais para esse fim;

2) fiscalizarmos a gestão sindical para a construção de um sindicato mais transparente, democrático e pela base, fazendo os debates necessários e tomando as medidas estatutárias para que transparência, democracia e trabalho de base não sejam palavras soltas e meras promessas de campanha, mas que se materializem cotidianamente no sindicato.

Entendo que os itens supracitados são ações paralelas e não se substituem, complementam-se, estão intricadas e são indissociáveis. Logo creio que NÃO DEVEMOS:

a) TROCAR UMA LUTA PELA OUTRA, OU SEJA, SÓ FISCALIZARMOS A ATUAÇÃO DA DIRETORIA SEM CRIARMOS UM SENTIMENTO DE UNIDADE NA CATEGORIA PARA ENFRENTAR A UNIDADE DOS PODERES, ABANDONANDO A ORGANIZAÇÃO NOS LOCAIS DE TRABALHO E, SOBRETUDO, A PARTICIPAÇÃO NAS DIVERSAS INSTÂNCIAS SINDICAIS;

b)ABANDONAR A PARTICIPAÇÃO NAS MANIFESTAÇÕES E AGUARDAMOS INERTES A ELEIÇÃO DA DIRETORIA “IDEAL” NOS PRÓXIMOS ANOS;

c) ABRIR MÃO DE COBRAR QUE AS LICENÇAS SINDICAIS ESTEJAM DIRIGIDAS A ATUAÇÃO NA BASE, VIVENCIANDO AS DIFICULDADES DA NOSSA CATEGORIA;

d) ACREDITAR QUE AS CONQUISTAS VIRÃO SEM LUTA E SEM ORGANIZAÇÃO COMO BOATARIA QUE ANDA PELOS CORREDORES E QUE TEM COMO INTUITO DESMOBILIZAR OU AINDA IMPEDIR A MOBILIZAÇÃO DOS TRABALHADORES;

e) FICAR LIMITADOS AO COMBATE VIRTUAL NO FALA SERVIDOR, EIS QUE ESTE IMPORTANTE INSTRUMENTO SÓ FAZ SENTIDO SE A NOSSA ATUAÇÃO COMBATIVA E INDIGNADA EXTRAPOLAR O ESPAÇO VIRTUAL E GANHAR AS COMARCAS, OS CARTÓRIOS, AS ASSEMBLÉIAS, AS MANIFESTAÇÕES.

Finalmente, devemos construir um grande ato nas comarcas no dia 12 de novembro de 2009 com a UNIDADE DA CATEGORIA, CONFRATERNIZANDO NOSSAS DIVERGÊNCIAS E SOBRETUDO ASSEGURANDO A EXPLICITAÇÃO DA NOSSA INDIGNAÇÃO QUE ULTIMAMENTE ESTÁ TRANCAFIADA NOS CARTÓRIOS E NOS PROCESSOS DA META 2.

Um grande abraço a todos.

Wagner Cordeiro