segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mensagem publicada no sítio do Sindjustiça/RJ em 20/09/2010

Companheiros e companheiras,



Inicialmente agradeço as palavras do companheiro Paulinho, destacando que a disposição da base precisa ser considerada de forma madura e responsável nas deliberações da categoria.



A tumultuada assembleia do dia 15/09 decidiu por não fazer greve naquele momento.



Algumas considerações precisam ser feitas para uma análise verdadeira do que ocorreu na assembleia:



1) O quadro que tínhamos de promessas genéricas e vagas, modificou-se com a fixação de uma data, qual seja, dia 18/10/10 e se já existiam companheiros vacilantes em relação à greve, mesmo sem uma data fixada e baseada em declarações que o presidente fez nas Comarcas, o que dirá após o presidente apontar uma data. A greve seria pequena, não representativa e apenas da vanguarda. A greve precisa ser um mecanismo de unificação da nossa indignação e não de divisão. Observar os sinais oriundos da base é o primeiro caminho para condução responsável do movimento. O problema não é o que o presidente diz, o problema é o impacto disso numa base majoritariamente desorganizada;



2) É preciso organização para termos êxito na nossa luta, algo que passou ao largo de alguns membros da direção. Parece que o único fôlego era para aprovar a greve para o dia 19/09/10. O lamentável episódio do dia 15/09/10 não poderia ter desfecho pior. A falta de um calendário de visitas nas Comarcas com a cartilha de greve, principalmente nas comarcas que não possuem delegados sindicais, a ausência de atos regionais durante o intervalo que ocorrerá até o dia 18/09/10, a ratificação do estado de greve, a definição da data do próximo CRZ. O péssimo encaminhamento dado a assembleia possibilitou ainda que caso a greve fosse aprovada o seu início se daria no dia seguinte, quando havia uma proposta de que a greve tivesse inicio 72 horas após a sua aprovação. Assim, os seguidos equívocos na condução da assembleia propiciaram que NADA, NADA, NADA FOSSE APROVADO, ALÉM DA PROPOSTA VENCEDORA, LOGO, COMO O ALEXANDRE JÁ DESTACOU AS INFORMAÇÕES NO SÍTIO DO SINDICATO NÃO CORRESPONDEM À REALIDADE.


3) Não estou preocupado com a avaliação que os companheiros do MOS têm sobre o nosso posicionamento na assembleia. A nossa atitude sempre foi de combatividade e de atuar na organização dos trabalhadores, mas não deixando de verificar que a construção precisa ser coletiva, na base e pela base. Sempre que é conveniente há uma relativização da participação da base. A greve seria fracassada caso fosse decretada com possibilidade de na primeira assembleia de avaliação termos que recuar, tendo em vista a não adesão dos companheiros ao movimento, o que aí sim seria uma estrondosa desmobilização da categoria. Enfim, O QUE TODOS COMPANHEIROS PODEM TER CERTEZA É QUE SE A GREVE FOSSE DECRETADA NOS ESTARÍAMOS NO DIA SEGUINTE ATUANDO NA CONSTRUÇÃO DA MESMA, POIS RECONHECEMOS A SOBERANIA DAS DECISÕES DAS ASSEMBLEIAS GERAIS, SENDO A NOSSA PROPOSTA VENCEDORA OU NÃO.


4) Vamos buscar então organizar o movimento, eis que algumas situações precisam ser discutidas com a categoria, a saber:


a)Precisamos voltar aos nossos locais de trabalho e conversar amistosamente com os companheiros acerca da necessidade da greve, caso até o dia 18/10/10 não haja UMA PROPOSTA DIGNA para a incorporação dos 24%;


b)Fundamental a elaboração de um calendário de visitas às comarcas pela direção com ampla divulgação. SÃO QUINZE LICENÇAS SINDICAIS QUE PRECISAM ESTAR A SERVIÇO DA ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES E NÃO DE INTERESSES PESSOAIS OU PARTIDÁRIOS;


c)É necessário organizar os trabalhadores nas comarcas, promovendo assembleias locais e visitas aos cartórios, independentemente da presença da direção executiva, com ou sem direção temos que ter uma mínima organização nas comarcas, sem perder a noção que é obrigação dos diretores licenciados atuar na materialização de tal organização, inclusive denunciado a grave omissão, caso ocorra;


d)Como dito acima, não basta uma proposta, é necessária uma proposta urgente e digna. O governador Sérgio Cabral em recente entrevista informou que há no caixa do estado 10 bilhões de reais, logo, ou incorporação para todos e já ou greve.


e)Não podemos cair na cilada de trocar um direito pelo outro e o governo acenará com tal possibilidade. Cuidado, pois é como o governo perguntar: E AÍ O QUE VOCÊS QUEREM PERDER PARA GARANTIR O QUE VOCÊS TÊM DIREITO?


f)O necessário reajuste do auxílio-saúde foi concedido e, deve está sendo providenciado um próximo benefício, a fim de desmobilizar a categoria para a próxima assembleia. Que venham os benefícios, mas não podemos cair nessa armadilha e nos desmobilizarmos. Ou temos uma proposta de incorporação digna e urgente ou greve;


g)CRZ URGENTE PARA O DIA 01/09/2010 ÀS 13 HORAS, eis que o CRZ para o dia 15/10/2010(proposta não aprovada pela Assembleia) poderia diagnosticar problemas de mobilização sem um prazo significativo para eventuais intervenções e correções.


h)Poderíamos ter RATIFICADO NA DESORGANIZADA ASSEMBLEIA O ESTADO DE GREVE, mas apesar disso, como não houve decisão contrária, tampouco o fato de não decidirmos pela greve não é uma decisão incompatível com a permanência do estado de greve, entendo que estamos em ESTADO DE GREVE e tal condição deve ser reforçada na base da categoria;


i)Finalmente, conviver com as divergências é processo de extrema maturidade que deve ser perseguido por todos, assim como a unidade na luta deve ser a bússola da nossa atuação enquanto categoria. UNIDADE, UNIDADE, UNIDADE.

Um grande abraço a todos.

Wagner Cordeiro

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mensagem postada no fala servidor do site do Sindjustiça RJ em 15/09/2010

Companheiros e companheiras,

O momento é de reflexão. Qual será a melhor saída? Qual a melhor estratégia? O que fazer na assembleia hoje dia 15/09/2010?

NÃO TENHO DÚVIDAS QUE QUALQUER DECISÃO DIFERENTE DA GREVE É ADIAR O PROBLEMA. TAMBÉM, TENHO CONVICÇÃO QUE UMA ASSEMBLEIA ESVAZIADA NÃO TEM CONDIÇÕES DE APROVAR UMA GREVE, PRINCIPALMENTE COM O CENÁRIO DE REPRESSÃO QUE VAMOS ENFRENTAR.

A greve não é uma mera possibilidade é sim uma necessidade por vários motivos, a saber:

1) 24% NA ORDEM DO DIA DOS PODERES - É o momento de colocar a questão dos 24% na ordem do dia, pois já discutimos cotidianamente tal questão nos locais de trabalho, mas nada concretamente foi construído ou demonstrado para categoria sobre a incorporação dos 24%. Declarações, adiamentos,esperanças não estão atreladas à realidade. Queremos ser cautelosos e estamos postergando a nossa atuação. OS ATRASOS PROMOVIDOS PELO EXECUTIVO E PELO JUDICIÁRIO SÃO ENORMES. SEREMOS TAMBÉM OS RESPONSÁVEIS POR MAIS ATRASOS. Qual o momento ideal para a greve? Dia 16/09, 72 horas após a assembleia, após as eleições, após a Copa do Mundo, após as Olimpíadas. Vamos implementar a política do governador? Temos que enfrentar o fato de que estamos diante de mais quatro anos de um governo que elegeu os serventuários da Justiça como aqueles que podem esperar;

2) ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO – Remeto aos textos do companheiro Orlando Monteiro que sempre aborda o tema com habilidade e zelo;

3) AUTONOMIA DO PODER JUDICIÁRIO – Os serventuários da justiça são os únicos que lutam pela autonomia do Poder Judiciário. Temos que lutar internamente para sermos prioridade no TJ/RJ e lutamos para que a Autonomia do Poder Judiciário seja respeitada, conforme art. 99 da CRFB: Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. Vejamos o que acha o Presidente do TJ/SP acerca da autonomia do Poder Judiciário quando a discussão recai sobre aumento dos servidores em entrevista concedida em 18/06/2010 ao sítio da Folha de São Paulo:

Alguns juízes entendem que o Tribunal deveria se empenhar mais para obter mais verbas, mais autonomia. Por que não questionar no STF os cortes feitos pelo Executivo?

NÃO VEJO SAÍDA JURÍDICA. A AUTONOMIA FINANCEIRA DO JUDICIÁRIO, PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO DE 1988, É MERA RETÓRICA. É AUTONOMIA DE PAPEL. O PODER JUDICIÁRIO É UM PODER POBRE. É O QUE NÃO TEM NADA PARA BARGANHAR COM O EXECUTIVO, QUE É O PODER FORTE. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA TEM. APROVA OU NÃO OS PROJETOS. http://www1.folha.uol.com.br/poder/752918-grevistas-desejam-ter-um-martir-diz-presidente-do-tj-sp.shtml

É VERDADE O PODER JUDICIÁRIO É POBRE, FRACO E PERDE ATÉ A AUTONOMIA QUANDO A DISCUSSÃO É APROVAR REAJUSTE PARA OS SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA. QUANDO A QUESTÃO É REFERENTE AOS MAGISTRADOS NÃO HÁ FRAQUEZA, O PODER JUDICIÁRIO É FORTE, ÁGIL E RICO MUITO RICO. DESNCESSÁRIOS OS EXEMPLOS DOS CONSABIDOS PENDURICALHOS QUE ENGORDAM OS VENCIMENTOS DOS MAGISTRADOS TODOS OS MESES.

Companheiros e companheiros, esperar só terá sentido se a Assembleia estiver esvaziada, sinalizando que a greve será de alguns poucos e que a categoria não aderiu ao movimento. Os próximos anos serão de muita luta, tendo em vista a postura do Governador em relação a nossa categoria.

Então companheiros e companheiras hoje:

Encostem as cadeiras nas mesas;

Desliguem os computadores;

Liberem as cafeteiras para “momentos de descanso”;

Guardem os copinho de café;

Parem de lamentar a situação funcional que temos pelos cantos dos locais de trabalho ;

Liguem para os parentes e avisem que hoje é um daqueles que dias importantes. Por isso chegaremos um pouco mais tarde.

Expliquem que a razão do atraso não é muito trabalho e poucos trabalhadores.

Esclareçam que a demora não é pelo fato de estarmos fazendo algo que é atribuição dos nossos superiores.

Exponham que motivo do adiamento da chegada não é porque muitos estão estressados alguém teve um mal súbito no trabalho e precisou ser socorrido.

Ressaltem que o motivo do retorno ao lar ser postergado não é o cumprimento da meta 157.

Hoje é o dia que juntos seremos artífices de um Judiciário no qual a palavra Justiça seja algo vivo, pulsante e ao alcance de todos.
ASSEMBLEIA HOJE ÀS 18h30min - FÓRUM CENTRAL.

Um grande abraço a todos.

Wagner Cordeiro

sábado, 11 de setembro de 2010

Mensagem postada no fala servidor do site do Sindjustiça RJ em 08/09/2010

Companheiros e companheiras,


Primeiramente tenho convicção que é preciso divergir com respeito. Precisamos elevar o nível do debate, pois não é possível discordamos dos colegas adjetivando-os de forma ofensiva. NÃO FUNCIONA, NUNCA FUNCIONOU E MESMO QUE FUNCIONASSE(NÃO É O CASO) NÃO É ADEQUADO, NÃO É ÉTICO E NÃO SOMA NA LUTA. Não lembro de uma pessoa que tenha aderido ao movimento após ser ofendida, tampouco modificou sua opinião por conta das ofensas. O debate precisa e deve ser respeitoso.
Estamos diante de um momento crucial e alguns sinais precisam ser observados para decidirmos de acordo com a disposição da categoria, a saber:1)O CRZ precisa ser representativo e sobretudo informativo do que está sendo construído nas Comarcas. O CRZ deve ser ampliado, eis que a maior função DESTE CRZ e proporcionar uma visão dos movimentos nas Comarcas, por isso COMPANHEIROS PARTICIPEM DO CRZ, DELEGADOS COMPAREÇAM, LIDERANÇAS COMPAREÇAM;2)A ASSEMBLEIA GERAL DO DIA 15/09/2010 TEM QUE SER REPRESENTATIVA, não é possível a construção de uma greve de vanguarda, que não unifica e desmoraliza. É preciso ter sensibilidade e sobretudo responsabilidade para entender que esta GREVE precisa ser construída na BASE e a BASE precisa decidir pela mesma. As péssimas condições de trabalho no TJ/RJ não são suficientes para deflagração da greve, é necessário a organização da categoria para que a mesma suficientemente segura possa manifestar a sua indignação, que está contida e externada apenas para cafeteira, para o copinho descartável e para o cafezinho, além é claro entre colegas numa troca cotidiana de lamentações.

Não tenho dúvida que o caminho é a greve, tendo em vista o descaso com a nossa situação. Durante esses 23 anos, a atuação procrastinatória sempre foi do Executivo. O Judiciário deixou que a ação levasse o tempo que levou, atuando de forma omissa e agora participa ativamente atrasando a resolução da ação, submetendo a nossa categoria a espera das eleições, do 2.º turno, do ano novo, da posse do novo presidente, da posse do novo presidente do TJ, enfim há sempre um motivo, uma situação, um fato novo que coloca em segundo plano nossos direitos.



Entretanto, é necessário que tenhamos condições de organizar adequadamente esta greve, que seja uma greve participativa e representativa. Não podemos nos desmoralizar com uma greve pequena, sem repercussão. Caso não tenhamos um CRZ e uma Assembleia representativos não vejo como aprovarmos uma greve. A responsabilidade na condução do movimento deve suplantar interesses individuais, deve inclusive suplantar nossas convicções pessoais se uma parte considerável da categoria não comunga das nossas convicções.



Não faremos greve sozinhos. Precisamos unir as condições objetivas(a contínua e crescente perda do poder aquisitivo dos serventuários) e as condições subjetivas(base mobilizada, organizada e disposta a construir o movimento paredista), a fim de construirmos um movimento com lastro na base e não um movimento de vanguarda, desmoralizado, frágil e não é representativo.Assim, com responsabilidade e lucidez participaremos do CRZ e da Assembleia esperando que a categoria entenda que está nas nossas mãos buscar os 24%. Precisamos entender que somos os alvos principais das cobranças cotidianas que ocorrem no TJ/RJ, sejamos também o arco e a flecha na luta pelos nossos direitos.


CRZ DIA 10/09/10 ÀS 12 HORAS


ASSEMBLEIA DIA 15/09/10 ÀS 18h30min


Um grande abraço a todos.


Wagner Cordeiro